terça-feira, 24 de novembro de 2009

NEGRO, O ORGULHO DA NAÇÃO

O PODER DA LEITURA

(10 motivos para não haver preconceito)


De onde veio a nossa cor bronzeada? DO NEGRO.

De onde veio nossa música

e nosso gingo envolvente? DO NEGRO.

De onde veio o nosso samba, carnaval? DO NEGRO.

De onde veio a nossa alegria, nossa festividade? DO NEGRO.

Quem trouxe para o brasileiro a sensualidade? O NEGRO.

Quem trouxe para a nossa comida

um tempero especial? O NEGRO.

Quem transformou o nosso futebol

em sucesso mundial? O NEGRO.

Quem representa a força e a resistência física? O NEGRO.

Sendo assim, quem merece

todo o nosso respeito? O NEGRO.

Mas, infelizmente, quem ainda sofre

com o preconceito? O NEGRO.

O PODER DA LEITURA

Antes de ter atitudes preconceituosas, pense 10 vezes

e lute para tornar o nosso mundo 10 vezes

melhor, com todos os seres humanos sendo tratados

como iguais.

Prof. Paulo Sérgio.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

VI FECABBS - Projeto CONSCIÊNCIA NEGRA

Confira as fotos da VI FECABBS - Feira de Ciências - do Bartolomeu:

Fotos da preparação para a VI FECABBS

Confira as fotos de todas as etapas dos Projetos Consciência Negra, Cultura Afrobrasileira, Laboratório de Ciências e Alimentação apresentados na VI FECABBS / 2009 que aconteceu no dia 05 de novembro de 2009 no Bartolomeu.

A CONSCIÊNCIA NEGRA ESTÁ NO BARTOLOMEU

ROFESSORA SÔNIA:

A história do Brasil foi construída através da escravidão dos negros trazidos da África. Durante todo o período de escravidão os negros foram humilhados, maltratados, com sofrimentos de todas as formas imagináveis. Até que um dia a escravidão acabou. Mas, infelizmente, o sofrimento para os afrodescendentes continuou, na forma de preconceito, de exclusão social.

O preconceito racial se tornou um problema social muito grave. E o caminho certo para combater qualquer problema social é conscientizar os jovens e crianças, na Escola. E foi pensando nisso, que o Presidente Lula e o Ministro da Educação, em 09 de janeiro de 2003, aprovaram a Lei 10.639, que altera a LDB e obriga o estudo da cultura afrobrasileira nas escolas e inclui no calendário escolar o Dia da Consciência Negra, que é dia 20 de novembro. O objetivo da Lei é levar os alunos a estudarem a história da África e dos afrodescendentes e sua contribuição na história de nosso país, e, é claro, serem tratados com todo o respeito e oportunidades que merecem.

Neste mês de outubro e início de novembro todos do Bartolomeu, principalmente os professores e os alunos, pesquisaram muito na Internet, em livros, revistas, filmes e músicas e montaram cartazes e painéis, pintaram telas, fizeram um belo trabalho de arte africana pintando todo o pátio da escola, montaram um livro de frases, poemas e textos de opinião, e apresentaram o espaço cultural, com danças africanas e o desfile de moda africana. E ainda tivemos a participação especial do grupo de capoeira do professor David. Foi tudo muito bonito e muito produtivo. Realmente valeu a pena o esforço de todos.

É o Bartolomeu a cada dia lutando por uma educação de qualidade e também lutando contra o preconceito e por uma sociedade mais igualitária.

Paulo Sérgio.

ROFESSORA SÔNIA:

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Projeto: CONSICÊNCIA NEGRA NO BARTOLOMEU

Projeto:
Consciência Negra no Bartolomeu



• EXECUÇÃO: Grupo Gestor e Corpo Docente do Col. Est. Bartolomeu Bueno da Silva
• UNIDADE ESCOLAR: Col. Estadual Bartolomeu Bueno da Silva
• PÚBLICO ALVO: Comunidade escolar e geral
• NÚMERO DE ALUNOS ENVOLVIDOS: 254 alunos
• DIRETORA: Leida Maria de Moraes Souza
• VICE-DIRETORA: Hélica Fernanda Lemes Gondim



JUSTIFICATIVA:

Sabemos que a história do Brasil foi construída através da escravidão dos negros trazidos da África. Durante todo o período de escravidão os negros foram humilhados, maltratados, com sofrimentos de todas as formas imagináveis. Até que um dia a escravidão acabou. Mas, infelizmente, o sofrimento para os afrodescendentes continuou, na forma de preconceito, de exclusão social.
De acordo o PROJETO ABÁ – ESTUDOS AFRICANOS E AFRO-AMERICANOS, Apostila: Para Estudar História da África, UEG, 2008, 68 pgs:
“Os africanos escravizados no século XVI sofreram incontáveis tipos de violência, inclusive um processo de encobrimento, em que foram obrigados a abandonar elementos de sua cultura de origem e incorporar elementos da cultura de Portugal.(...) Os negros, apesar da violência, mantiveram vivos diversos aspectos de sua cultura através da oralidade e da transformação de sua cultura promovida entre, por exemplo, a sua religião e a religião católica, quando encontraram como solução para a realização de seus cultos a simulação de cultos a santos cristãos (chamado de sincretismo), que, com o passar do tempo, tornaram-se entidades verdadeiramente cultuadas em algumas religiões afro-descendentes. Mesmo com o fim da escravidão no Brasil, os indivíduos negros foram marginalizados e socialmente tratados como inferiores, tendo sua mentalidade desvalorizada pelos europeus (...). A luta por condições igualitárias de vida foi se intensificando, de maneira que a comunidade afrodescendente se uniu em torno de uma identidade negra e de ações afirmativas promovidas no sentido de reparar a este segmento social os danos historicamente sofridos.”

O preconceito racial se tornou um problema social muito grave. E o caminho certo para combater qualquer problema social é conscientizar os jovens e crianças, na Escola. E foi pensando nisso, que o Presidente Lula e o Ministro da Educação, em 09 de janeiro de 2003, aprovaram a Lei 10.639, que altera a LDB e obriga o estudo da cultura afrobrasileira nas escolas e inclui no calendário escolar o Dia da Consciência Negra, que é dia 20 de novembro. O objetivo da Lei é levar os alunos a estudarem a história da África e dos afrodescendentes e sua contribuição na história de nosso país, e, é claro, serem tratados com todo o respeito e oportunidades que merecem.
Durante o mês de outubro e início de novembro de 2009, o projeto será executado na instituição escolar como meio de educar, conscientizar e formar cidadãos de forma que toque realmente o íntimo de crianças, adolescentes, jovens e adultos para que haja uma nova visão sobre o africano e o afrodescendente, sobre a tolerância e a aceitação e convivência com as diferenças. A execução deste Projeto justifica-se, principalmente, pela contribuição da luta do Col. Est. Bartolomeu Bueno da Silva por uma educação de qualidade, contra o preconceito e por uma sociedade mais igualitária.



OBJETIVOS

• Valorizar as relações humanas na instituição escolar, promovendo uma interação maior entre seus membros, crianças, adolescentes, jovens e adultos para que haja uma nova visão sobre o africano e o afrodescendente, sobre a tolerância e a aceitação e convivência com as diferenças

• Despertar nos alunos a importância da cultura e religião trazidas pelos negros, e sua influência em nosso cotidiano, como a linguagem, a música, a moda, o ritmo, hábitos e costumes, como forma de valorizar o afrodescendente como um povo que contribuiu e contribui para a riqueza cultural, social e linguística do povo brasileiro.

• Compreender os direitos de todo cidadão de ser tratado dentro dos princípios da igualdade, tanto na escola, quanto em outros ambientes sociais, e conhecer os direitos existentes na legislação e os exercidos pelo afrodescendente na atualidade.

• Praticar a leitura, a interpretação, a escrita (registros diários e produção textual), a oralidade, a expressão corporal e artística através de textos de fontes e gêneros variados, livros e obras de arte fundamentadas ou que representam a cultura africana e afrobrasileira.

CONTEÚDOS E METODOLOGIA:

O projeto será realizado de forma interativa, com aulas teóricas e práticas, com pesquisas, vídeos, filmes, músicas, leituras, palestras, confecção de cartazes, painéis, desenhos, pinturas, produção de texto, de forma que se atinja o máximo dos objetivos, através do envolvimento de toda a comunidade escolar, o que poderá provocar a reflexão e mudança de comportamento.
Durante a execução do projeto Consciência Negra no Col. Est. Bartolomeu Bueno da Silva será feito:

  • Pesquisa dos vocábulos de origem africana e a influência africana no Português brasileiro, e montagem de cartazes do vocabulário com bordas decoradas com motivos africanos, pintadas pelos próprios alunos, com material adquirido com verba prevista no PDE. (Prof. Paulo Sérgio – 7º Ano “B”)
  • Leitura e interpretação de textos teóricos sobre a história, cultura e religião da África e afrodescendentes, baseados no material disponível no PROJETO ABÁ – ESTUDOS AFRICANOS E AFRO-AMERICANOS, Apostila: Para Estudar História da África, UEG, 2008, 68 pgs. (Prof. Paulo Sérgio – 7º Ano “B”)
  • Análise de textos e letras de música que fazem referência ao afrodescendente. (Prof. Paulo Sérgio – 7º Ano “B”)
  • Leitura de livros (do acervo da biblioteca da escola) que fazem referência ao afrodescendente e produção de resenhas dos mesmos. (Prof. Paulo Sérgio – 7º Ano “B”)
  • Palestra com o Sr. Paulo Cezar de Freitas, que é natural de Paranaiguara-GO, mas viveu em Angola – África por mais de 09 anos (de 2000 a 2009), adquirindo um rico conhecimento da vida e cultura dos angolanos, testemunhando todas as dificuldades e sofrimento por que passa aquele povo. Por isso trouxe de lá uma visão ampla da cultura, dos costumes e modo de vida daquele povo. (Prof. Paulo Sérgio – 7º Ano “B”)
  • Análise do filme: “UMA ONDA NO AR”, que discute a atual situação do afrodescendente no Brasil e a importância da luta contra o preconceito. (Prof. Paulo Sérgio – 7º Ano “B”)
  • Produção de frases e textos de opinião sobre o preconceito racial no Brasil, numa situação real e significativa de escrita, já que serão expostos em cartazes e farão parte do livro OS VALORES NÃO TÊM COR, a coletânea que será o resultado dos Projetos VALORES HUMANOS, PATRIOTISMO e CULTURA AFROBRASILEIRA executados no 7° Ano “B”. (Prof. Paulo Sérgio – 7º Ano “B”)
  • Exposição de obras de arte (telas e escultura em madeira) trazidas de Angola-África. (Prof. Paulo Sérgio – 7º Ano “B”)
  • Exposição de artesanato (bonecos feitos de bucha vegetal, de cabaça e sementes, e peças artísticas de cerâmica e de madeira que representam a arte e o povo africano. (Profª. Cida Lima – 7º Ano “B”)
  • Montagem de cartazes com gravuras de personalidades afrodescendentes do Brasil e do mundo. (Profª. Elaine – 7º Ano “B”)
  • Painel com gravuras e reportagens sobre a mulher africana. (Profª. Elaine–7ºAno“B”)
  • Painéis da vida de Zumbi dos Palmares, de autoridades mundiais africanas, como Nelson Mandela, e de personalidades afrodescendentes. (Profª. Elaine – 7º Ano “B”)
  • Painel (1,5mX5m) com gravuras de africanos e afrodescendentes no Brasil e no mundo, com o título: A COR NEGRA ESTÁ NO CORAÇÃO DO BRASIL E DO MUNDO. (Prof. Paulo Sérgio e Profª. Elaine – 7º Ano “B”)
  • Pesquisa de autores que relatam acontecimentos e histórias envolvendo afrodescendentes. Esta seleção de obras ficará exposta para que os alunos leiam e façam uma resenha sobre cada uma. (Profª Sônia – Biblioteca)
  • Pesquisa de músicas de cantores afrodescendentes para montagem de um painel.
  • Montagem de cartazes com o artigo 5º da Constituição Federal e o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos. (Profª Sônia – Biblioteca)
  • Exposição de jornais e revistas com matérias que fazem referência ao africano ou afro-descendente. (Profª Sônia – Biblioteca)
  • Pesquisa na Internet de textos e gravuras sobre os orixás do Candomblé. (Profª Luciana e Maria Eurípedes – 6º Ano “B” e “C”)
  • Confecção de cartazes e pinturas de figuras que representam os orixás e os afrodescendentes, pintadas pelos próprios alunos, com material adquirido com verba prevista no PDE, fundamentados em pesquisas na internet. (Profª Luciana e Maria Eurípedes – 6º Ano “B” e “C”)
  • Desenho e pintura nas paredes e colunas do pátio da escola com motivos inspirados na arte africana (fundamentada em pesquisas na internet e em livros do acervo da biblioteca da escola), pintadas pelos próprios alunos, com material recebido pelo programa da Coordenação do Ensino Fundamental, através da Coordenadora Maria Luisa B. Bretas Vasconcelos, para atender a turma de Correção de Fluxo II e demais turmas do Ensino Fundamental regular. (Prof. Rogério Marcolino – série final do Ensino Fundamental/ Correção de Fluxo)
  • Coreografia de músicas africanas e afrobrasileiras, e desfile de moda africana, (fundamentados em pesquisas na internet, ¬¬¬no site www.youtube.com.br, e em vídeos variados), que serão apresentados no Espaço Cultural da VI FECABBS – Feira de Ciências do Bartolomeu. O figurino será produzido a partir da colaboração de patrocinadores do comércio local, pais e professores, e será confeccionado pelos professores Paulo Sérgio, Keyla, Helena e pela vice-diretora Hélica Fernanda. (Profª. Gilda Mara, Profª. Julidelma e colaboração da Profª. Loyd – 7º Ano “A”, 8º Ano “U”, e 9º Ano “U”)
  • Pesquisa na Internet da herança cultural na culinária deixada pelos africanos, e como os hábitos alimentares trazidos da África permanecem presentes na vida dos brasileiros; e montagem de cartazes para a exposição dos resultados da pesquisa. (Profª. Silvia e Profª. Keyla – 2ª Etapa/E.F. e 3ª Etapa/E.M. – EJA)
  • Pesquisa na Internet, análise de vídeos sobre a história da Capoeira no Brasil e sua condição de um movimento social e cultural; e montagem de cartazes e painéis para a exposição dos resultados da pesquisa; e apresentação de um grupo de Capoeira no pátio da escola. (Profª. Bianca e Prof. Leonardo - 5º Ano – Projeto Aprendizagem)

Todos os resultados das ações acima citadas serão expostos para toda a comunidade escolar e comunidade local na VI FECABBS – Feira de Ciências, Cultura e Arte do Bartolomeu/2009, que acontecerá no dia 05 de novembro de 2009, das 09:00 21:00.

AVALIAÇÃO

A avaliação será feita através da observação de todas as etapas do projeto e de depoimentos de alunos, professores e visitantes da comunidade escolar e local. Os resultados do projeto serão divulgados na VI FECABBS - Feira de Ciências, Cultura e Arte do Bartolomeu/2009, no blog da escola http://avozdobartolomeu.blogstop.com e na rádio Antena I FM Mateira no Programa A Voz da Leitura, que será transmitido ao vivo no dia 14 de novembro de 2009.
Espera-se que, após a execução do projeto CONSCIÊNCIA NEGRA NO BARTOLOMEU, aconteça uma sensibilização que desperte a comunidade para a importância da valorização das diferenças e da convivência pacífica, que privilegie o respeito mútuo e a efetivação do direito universal de cada indivíduo se expressar de acordo com os próprios princípios culturais e religiosos, independente de qualquer etnia ou descendência, de acordo com o artigo 5º da Constituição Federal e o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Assim sendo, o Col. Est. Bartolomeu Bueno da Silva estará contribuindo para “transformar o nosso mundo em um lugar melhor para se viver”.

RELATÓRIO

– PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA NO BARTOLOMEU –


No dia 05 de novembro de 2009 das 9:00 às 21:00 horas, foi apresentado no C.E.B.B.S, durante a VI FECABBS - FEIRA DE CIÊNCIAS, CULTURA E ARTE DO BARTOLOMEU/2009, o Projeto CONSCIÊNCIA NEGRA NO BARTOLOMEU. Dentre vários objetivos, um deles foi a valorização do indivíduo, e das diferenças e das relações humanas na instituição escolar, promovendo uma integração maior entre seus membros, com o mínimo de preconceito e exclusão.
O projeto foi realizado de forma interativa, com aulas teóricas e práticas, com pesquisas, vídeos, filmes, músicas, leituras, palestras, confecção de cartazes, painéis, desenhos, pinturas, produção de texto, provocando o envolvimento de toda a comunidade escolar, o que contribuiu para a reflexão e mudança de comportamento.
Os alunos do 7º Ano "B"/2009, sob a Coordenação do Prof. Paulo Sérgio, de Língua Portuguesa, pesquisaram os vocábulos de origem africana e a influência africana no Português brasileiro, e montaram cartazes do vocabulário com bordas decoradas com motivos africanos, pintadas pelos próprios alunos, com material adquirido com verba prevista no PDE; analisaram letras de músicas e filmes que falam sobre o racismo e os afrodescendentes, com destaque para o filme UMA ONDA NO AR, que discute a atual situação do afrodescendente no Brasil e a importância da luta contra o preconceito; leram livros (do acervo da biblioteca) que falam da África e/ou afrodescendentes e produziram resenhas dos mesmos; trabalharam a leitura e interpretação de textos teóricos sobre a história, cultura e religião da África e afrodescendentes, baseados no material disponível no PROJETO ABÁ – ESTUDOS AFRICANOS E AFRO-AMERICANOS, Apostila: Para Estudar História da África, UEG, 2008, 68 pgs.; entrevistaram cidadãos afrodescendentes de nossa cidade; e assistiram a uma palestra sobre o cotidiano em Angola-África, ministrada por Paulo Cezar de Freitas, que é natural de Paranaiguara-GO, mas viveu em Angola – África por mais de 09 anos (de 2000 a 2009), adquirindo um rico conhecimento da vida e cultura dos angolanos, testemunhando todas as dificuldades e sofrimento por que passa aquele povo. Por isso trouxe de lá uma visão ampla da cultura, dos costumes e modo de vida daquele povo. Na palestra, o Sr. Paulo Cezar relatou que fez um interessante trabalho social como funcionário da empresa Odebrecht, que implantou em Angola a “vaca mecânica” que produz leite de soja e derivados, que, para uma grande quantidade de crianças de lá, era a principal refeição do dia. O sistema usado na empresa foi copiado pelo governo local para enriquecer a merenda escolar e fortalecer a nutrição das crianças. Além de contribuir com a alimentação, a empresa Odebrecht oferecia presentes em datas comemorativas, construía escolas e colaborava com a educação. O Sr. Paulo Cezar de Freitas falou também com os alunos do 7º Ano “B” sobre a questão política econômica, social e cultural dos angolanos. Para enriquecer a palestra, o convidado trouxe para exposição: telas pintadas por artistas angolanos, e esculturas em madeira, também trazidas de Angola. Paulo Cezar falou ainda sobre as festividades, danças, o “palhaço”, a moeda local, a língua falada, a religiosidade e alguns itens “curiosos” que fazem parte da dieta do povo angolano, como ratos e insetos.
Depois de todo este embasamento, os alunos escreveram frases e textos de opinião sobre o preconceito racial no Brasil, numa situação real e significativa de escrita, já que deu origem ao livro OS VALORES NÃO TÊM COR; (a coletânea foi o resultado dos Projetos VALORES HUMANOS, PATRIOTISMO e CULTURA AFROBRASILEIRA executados no 7° Ano “B”). Durante a execução do Projeto, a aluna Maria Angélica, 7º “B”, declarou que “hoje em dia o preconceito ainda é um dos grandes problemas enfrentados no mundo. Todas as pessoas negras ainda sofrem com isso. Muitos são maltratados por causa de sua cor. Mas pessoas negras são gente. Pessoas negras têm coração, têm sentimentos. Eles sentem muito quando são agredidos verbalmente e também fisicamente. Por isso todos nós devemos dizer não ao preconceito, dizer não ao racismo e vivermos em paz, como gente civilizada. Isto é viver em harmonia entre negros e brancos”. E a aluna Danila, também do 7º Ano “B”, nos fez uma pergunta: “Por que não nos juntamos todos contra o preconceito racial e aprendemos a amar e a respeitar o próximo?”. Além do livro, os alunos montaram cartazes e painéis com as frases. O aluno Carlos Eduardo pintou uma tela representando a arte africana.
Sob a Coordenação da Profª. Elaine Macedo, os alunos do 7º Ano "B"/2009, montaram cartazes com gravuras de personalidades afrodescendentes do Brasil e do mundo; montaram painel com gravuras e reportagens sobre a mulher africana; painéis da vida de Zumbi dos Palmares, de autoridades mundiais africanas, como Nelson Mandela, e de personalidades afrodescendentes. Os fizeram ainda, com a orientação do Prof. Paulo Sérgio e Profª. Elaine Macedo, um painel em TNT, de 1,5mX5m, com gravuras de africanos e afrodescendentes no Brasil e no mundo (pesquisados em revistas VEJA, edições antigas), com o título: A COR NEGRA ESTÁ NO CORAÇÃO DO BRASIL E DO MUNDO, que foi usado para a decoração da parede do lado de fora da sala onde foi montada a exposição. Para enriquecer a exposição do 7º Ano “B”, a Profª. Cida Lima, de Arte, expôs artesanatos (bonecos feitos de bucha vegetal, de cabaça e sementes, e peças artísticas de cerâmica e de madeira que representam a arte e o povo africano.
A Pofª. Sônia Alves, dinamizadora da Biblioteca, organizou e coordenou uma pesquisa de autores que relatam acontecimentos e histórias envolvendo afrodescendentes (esta seleção de obras ficou exposta para que os alunos lessem e fizessem uma resenha sobre cada uma), mostrando a frequência do africano e do afrodescendente na literatura; pesquisa de músicas de cantores afrodescendentes e montagem de um painel; montagem de cartazes com o artigo 5º da Constituição Federal e o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos), mostrando o embasamento legal da luta contra o preconceito e pelo direito à igualdade. A professora também organizou uma exposição de jornais e revistas com matérias que fazem referência ao africano ou afro-descendente. Todo o trabalho da Biblioteca foi exposto em estande montado na entrada da escola.
A Profª. Silvia e a Profª. Keyla orientaram os alunos do turno noturno, da 2ª Etapa/E.F. e 3ª Etapa/E.M. – EJA na pesquisa na Internet da herança cultural na culinária deixada pelos africanos, e como os hábitos alimentares trazidos da África permanecem presentes na vida dos brasileiros e na montagem de cartazes para a exposição dos resultados da pesquisa, contribuindo para a valorização da diversidade cultural, e lembrando aos expectadores como a cultura afro está muito mais aglutinada aos nossos hábitos cotidianos do que percebemos.
Sob a Coordenação da Profª. Luciana Beatriz e da Profª. Maria Eurípedes, os alunos do 6º Ano “B” e do 6º Ano “C” pesquisaram na Internet de textos e gravuras sobre os orixás do Candomblé, confeccionaram cartazes e fizeram pinturas de figuras que representam os orixás e os afrodescendentes, (pintadas com material adquirido com verba prevista no PDE) e montaram um estande no pátio da escola para a exposição dos resultados do trabalho, conscientizando os visitantes da importância de se conhecer e respeitar a diversidade cultural e religiosa.
Seguindo o mesmo tema da diversidade cultural, os alunos 5º Ano – Projeto Aprendizagem, sob a orientação da Profª. Bianca e do Prof. Leonardo, pesquisaram na Internet e analisaram vídeos sobre a história da Capoeira no Brasil e sua condição de um movimento social e cultural e montaram cartazes e painéis para a exposição dos resultados da pesquisa, com televisão e DVD divulgando vídeo com reportagem e apresentações de grupos de capoeira. Para enriquecer a exposição, ainda convidaram um grupo de Capoeira (Grupo ASCAL) para uma apresentação no pátio da escola.
O Prof. Rogério Marcolino orientou os alunos turma de Correção de Fluxo II e alguns alunos de turmas do Ensino Fundamental regular na mostra cultural e artística no pátio da escola, fazendo desenhos e pinturas nas paredes e colunas do pátio da escola com motivos inspirados na arte africana (fundamentada em pesquisas na internet e em livros do acervo da biblioteca da escola), pintadas pelos próprios alunos, com material recebido pelo programa da Coordenação do Ensino Fundamental, através da Coordenadora Maria Luisa B. Bretas Vasconcelos, para atender a turma de Correção de Fluxo II e demais turmas do Ensino Fundamental regular. O resultado foi um novo visual no pátio da escola, que mostra um nível elevado de habilidades artísticas e criatividade nos traços e cores, valorizando a cultura afrobrasileira.
A Profª. Gilda Mara e a Profª. Julidelma, com a colaboração da Profª. Loyd orientaram e ensaiaram os alunos do 7º Ano “A”, 8º Ano “U”, e 9º Ano “U” (e alguns alunos de outras turmas) para as apresentações do Espaço Cultural da VI FECABBS – Feira de Ciências do Bartolomeu/2009. O figurino foi produzido com a colaboração de patrocinadores do comércio local, pais e professores, e confeccionado pelos professores Paulo Sérgio, Keyla, Helena e pela vice-diretora Hélica Fernanda. Foram apresentadas coreografias de músicas africanas e afrobrasileiras como “Timbalada”, “Elê Gibô”, e outras, e desfile de moda africana (fundamentados em pesquisas na internet, ¬¬¬no site www.youtube.com.br, e em vídeos variados), mais uma vez provando que a cultura afro está muito mais aglutinada aos nossos hábitos cotidianos do que percebemos, em especial nas músicas que ouvimos e nas roupas que usamos.
A exposição foi muito visitada pela comunidade escolar, por alunos e professores de outras escolas e pessoas da comunidade. Os visitantes confirmaram que realmente aprenderam muito com o evento, além da diversão proporcionada pelo “Espaço Cultural” com danças africanas, desfile de moda e jogos de capoeira.
A partir da execução deste projeto, toda a comunidade envolvida se tornou mais consciente quanto à luta por uma sociedade mais justa e igualitária. Tanto os participantes, quanto os visitantes, com certeza, passaram a ver a cultura afro de uma forma mais positiva. Espera-se que um dia o preconceito realmente desapareça e realizamos nosso sonho de uma sociedade mais justa e humana.
Os resultados do projeto foram divulgados no blog da escola http://avozdobartolomeu.blogstop.com e na rádio Antena I FM Mateira, no Programa A Voz da Leitura transmitido, ao vivo, no dia 14 de novembro de 2009.